Copenhagen, capital da Dinamarca e porta de entrada para a Escandinávia, situa-se majestosamente sobre o estreito de Øresund, entre as ilhas de Zealand e Amager, a cerca de 28 km da Suécia. Sua localização estratégica na entrada do Mar Báltico a tornou historicamente importante como ponto de controle do comércio marítimo entre o norte e o centro da Europa, moldando seu desenvolvimento e caráter ao longo dos séculos.
Os visitantes podem acessar a cidade facilmente pelo moderno Aeroporto Internacional de Kastrup, a apenas 8 km do centro e conectado por um eficiente sistema de metrô que chega à área central em 15 minutos.
A rede ferroviária também é uma opção popular, com conexões frequentes para Estocolmo, Oslo, Hamburgo e Berlim. Para quem vem da Suécia, a icônica Ponte Øresund, inaugurada em 2000, oferece uma entrada espetacular, cruzando o estreito que separa os dois países nórdicos.

Raízes vikings e esplendor real
Copenhagen começou como uma aldeia viking no século X, evoluindo para um porto comercial. Seu nome, København, significa “porto dos mercadores”. Em 1167, o Bispo Absalon construiu uma fortificação, hoje sob o Palácio de Christiansborg.
No século XV, Cristiano IV transformou a cidade em uma capital renascentista, erguendo edifícios como a Bolsa e a Torre Redonda. Após incêndios no século XVIII, ressurgiu em estilo neoclássico durante a “Idade de Ouro Dinamarquesa”, com figuras como Hans Christian Andersen e Søren Kierkegaard.
No século XX, superando a ocupação nazista, Copenhagen tornou-se modelo de planejamento urbano sustentável e inovação em design.

Uma capital diferente
Copenhagen harmoniza acolhimento e visão futurista. Com 600.000 habitantes no centro (1,3 milhão na área metropolitana), oferece sofisticação cultural e arquitetura inovadora sem perder a atmosfera intimista. A cidade integra organicamente canais, lagos e o mar à vida urbana, refletindo sua conexão marítima.
Ela também se destaca pelo compromisso com a sustentabilidade: 62% dos habitantes usam bicicletas diariamente, aproveitando a facilidade dos 350 km de ciclovias. O conceito de “hygge”, que prioriza conforto e bem-estar, permeia espaços públicos e privados, com cafés acolhedores e design urbano focado na experiência humana.

Inverno sob luzes nórdicas
O inverno em Copenhagen é atmosférico e único. De dezembro a fevereiro, os dias são curtos, com o sol nascendo às 8h30 e se pondo às 15h30 no solstício. A escassez de luz inspira uma sofisticada arte de iluminação, transformando a cidade em um refúgio cintilante.
Temperaturas variam entre -2°C e 4°C, com nevascas ocasionais que criam cenários de conto de fadas. O vento marítimo intensifica o frio, mas a água modera as temperaturas. A cidade abraça o “hygge” com cobertores, lamparinas e aquecedores em espaços públicos. O Natal é mágico, com luzes no Tivoli e mercados tradicionais.

Segredos da capital dinamarquesa
- Túneis secretos: uma rede de túneis e bunkers da Guerra Fria existe sob a cidade, incluindo um complexo para abrigar a família real em caso de ataque nuclear.
- Código de cores: a cidade utiliza uma paleta específica (“Københavnerfarverne”) de ocres, azuis empoeirados e rosas-antigos, desenvolvida para harmonizar com a luz nórdica.
- Christiania: “Cidade livre” autoproclamada desde 1971, esta comunidade alternativa de 900 habitantes opera sob suas próprias regras, tornando-se um controverso experimento social.
- Sistema de aquecimento urbano: um dos mais eficientes do mundo, abastece 98% dos edifícios aproveitando calor residual de usinas e centros de dados.
- Realeza informal: membros da família real frequentemente são vistos pedalando pela cidade ou fazendo compras em mercados locais, reflexo da cultura igualitária dinamarquesa.
- Noma: a cidade abriga este restaurante revolucionário que redefiniu a gastronomia global com sua abordagem à culinária nórdica.

Andando pela capital dinamarquesa
Copenhagen possui um sistema de mobilidade urbana eficiente. O centro histórico compacto, com atrações em um raio de 2 a 3 km, convida à exploração a pé. A bicicleta é o transporte mais autêntico, com 350 km de ciclovias. O sistema Bycyklen oferece bicicletas elétricas para visitantes.
O transporte público integra metrô 24 horas, trens, ônibus e barcos-ônibus, proporcionando uma perspectiva única da cidade. A Cityring expandiu a cobertura metroviária.
Para facilitar, o Copenhagen Card combina transporte ilimitado e entrada em 80 atrações.
Táxis são amplamente disponíveis, mas caros.

Copenhagen City Hall (Københavns Rådhus)
O Københavns Rådhus, na Praça da Prefeitura, é um marco do romantismo nacional dinamarquês, misturando tradições locais com influências renascentistas italianas. Construído entre 1892 e 1905 por Martin Nyrop, o edifício reflete o orgulho cívico e cultural do século XIX.
Sua fachada em tijolos vermelhos, com detalhes em calcário e cobre, exibe ornamentos inspirados em motivos medievais nórdicos. A torre do relógio, com 105,6 metros, oferece vistas panorâmicas após subir 300 degraus. Destaque para o Jens Olsen’s World Clock, instalado em 1955, um mecanismo complexo que exibe horas, ciclos solares e lunares, posições planetárias e calendários perpétuos, com 15.448 peças.

Tivoli Gardens (Tivoli)

O Tivoli Gardens é uma instituição cultural dinamarquesa única desde 1843, inspirando visitantes como Hans Christian Andersen e Walt Disney, que supostamente encontrou aqui inspiração parcial para a Disneyland.
Entre suas atrações destaca-se a montanha-russa de madeira de 1914, uma das mais antigas do mundo ainda em operação, com operador a bordo para controle manual dos freios. Infelizmente, quando chegamos à cidade, o parque estava prestes a fechar para a temporada de inverno.
Situado ao lado da Estação Central, o Tivoli combina atrações mecânicas com elaborados jardins paisagísticos e programação cultural de alto nível. Sua estética preserva deliberadamente o charme nostálgico do século XIX, com pavilhões em estilo oriental, lagos ornamentais e iluminação atmosférica que cria um ambiente mágico após o pôr-do-sol.
Copenhagen Central Station (Københavns Hovedbanegård)
A Estação Central de Copenhagen, construída entre 1904 e 1911 por Heinrich Wenck, combina função prática e expressão arquitetônica. Representando o estilo nacional romântico dinamarquês com toques de Art Nouveau, sua fachada principal, voltada para a Praça da Prefeitura, mistura tijolos vermelhos, granito e cobre com pátina verde.
O gigantesco relógio digital, com moldura ornamental, é um ponto de encontro popular. Ao sair da estação, o impacto visual é marcante. Em frente, um estacionamento repleto de bicicletas revela a integração do transporte público com a cultura ciclística da cidade.

Scandic Palace Hotel
O Scandic Palace Hotel, na Praça da Prefeitura, é um ícone da arquitetura Art Nouveau dinamarquesa. Inaugurado em 1910 por Anton Rosen, complementa a Prefeitura vizinha. Sua fachada combina granito, estuque texturizado e detalhes Art Nouveau, como formas orgânicas, elementos florais e ornamentação geométrica. As sacadas em ferro forjado e esculturas nas seções superiores se destacam.
Durante a Segunda Guerra, o hotel foi ocupado por nazistas, mas funcionários ajudaram a resistência, escondendo judeus e facilitando fugas para a Suécia.

Caritas Fountain (Caritasbrønden)
Um dos mais graciosos elementos decorativos do centro histórico de Copenhagen, a Fonte Caritas ocupa posição central em Gammeltorv (Praça Velha), a praça de mercado mais antiga da cidade. Criada pelo escultor Statius Otto em 1608, durante o reinado de Cristiano IV, a fonte combina função prática com sofisticada expressão artística barroca.
O nome “Caritas” (Caridade em latim) deriva da figura central que coroa a composição – uma mulher grávida representando caridade e fertilidade, de cujos seios jorravam originalmente fluxos de água (uma característica que eventualmente desapareceu nas sucessivas restaurações).

Universidade de Copenhagen (Københavns Universitet)
A Universidade de Copenhagen, fundada em 1479, é uma das mais antigas do Norte da Europa. Seus edifícios principais, em Frue Plads, datam do período após o Grande Incêndio de 1807. O edifício principal (Hovedbygningen), projetado por Christian Frederik Hansen em 1836, exemplifica o neoclassicismo nórdico, com colunas dóricas e esculturas alegóricas de Atena e disciplinas acadêmicas.
A biblioteca histórica, do mesmo arquiteto, abriga coleções preciosas, como manuscritos medievais e até obras de Nicolau Copernicus (aquele da teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a teoria vigente geocêntrica, que considerava a Terra como o centro).

Catedral de Nossa Senhora (Vor Frue Kirke)

A Catedral de Copenhagen, oficialmente Igreja de Nossa Senhora, é o principal templo luterano da Dinamarca, palco de cerimônias reais. Projetada por Christian Frederik Hansen, foi construída entre 1811 e 1829 após a destruição de suas versões medieval e barroca no bombardeio britânico de 1807.
Sua fachada austera, com pórtico dórico e frontão triangular, exemplifica o neoclassicismo dinamarquês. A simplicidade reflete restrições econômicas pós-guerra e a estética protestante, que valoriza dignidade sobre ornamentação excessiva.
Palácio de Christiansborg (Christiansborg Slot)
O Palácio de Christiansborg, na ilhota de Slotsholmen, é o epicentro do poder dinamarquês, abrigando os três poderes governamentais (Executivo, Legislativo e Judiciário) e espaços reais cerimoniais – único no mundo a concentrar todas essas funções.
A estrutura atual, concluída em 1928 em estilo neobarroco, é o terceiro palácio no local. Escavações revelam fundações do Castelo de Absalon (século XII) e vestígios do primeiro Christiansborg, acessíveis nas ruínas subterrâneas.
O Folketinget (Parlamento Dinamarquês) ocupa a ala norte, com 179 parlamentares reunidos em uma câmara semicircular. A Torre do Palácio, de 106 metros, oferece acesso gratuito por elevadores e vistas panorâmicas da cidade. O complexo inclui ainda a Capela do Palácio em estilo neoclássico e a Biblioteca Real Original, hoje usada para eventos oficiais.

Børsen (A Bolsa Antiga)
Um dos edifícios mais conhecidos de Copenhagen, o Børsen (antiga Bolsa de Valores) representa uma obra-prima arquitetônica do Renascimento holandês e símbolo do próspero passado mercantil da cidade. Comissionado pelo visionário rei Cristiano IV e construído entre 1619 e 1640, o edifício foi concebido especificamente para consolidar Copenhagen como centro comercial do norte europeu.
O elemento mais extraordinário e icônico da estrutura é, sem dúvidas, sua torre em forma de “cauda de dragão” (Dragespiret), onde quatro dragões ou serpentes com caudas entrelaçadas elevam-se em formato espiral a 56 metros de altura. Esta característica arquitetônica única, revestida em chumbo com detalhes dourados, não apenas define o skyline histórico de Copenhagen, mas também carregava significado simbólico: os dragões supostamente ofereciam proteção contra inimigos e incêndios (curiosamente, o edifício sobreviveu a vários grandes incêndios que devastaram partes da cidade).


Royal Library and Garden (Det Kongelige Bibliotek og Have)
A Biblioteca Real Dinamarquesa une patrimônio histórico e arquitetura contemporânea. O complexo inclui o edifício histórico de 1906 (“Jardim da Biblioteca”) e a extensão moderna de 1999, o “Diamante Negro”.
O Diamante Negro tem fachada de granito preto e vidro, refletindo o canal. Seu átrio central de oito andares, com escadas brancas, cria um espaço espetacular banhado por luz natural.

Rundetårn (Torre Redonda)

A Torre Redonda, construída entre 1637-1642, é um marco científico da Escandinávia. Foi o mais antigo observatório astronômico da Europa, função que manteve até 1861.
Sua estrutura cilíndrica de 36 metros possui uma rampa em espiral de 209 metros, que percorre o interior 7,5 vezes, permitindo acesso sem escadas. No topo, um telescópio ainda funcional e uma plataforma oferecem vistas panorâmicas de 360° de Copenhagen. A “Câmara do Eco” permite que sussurros sejam ouvidos do lado oposto.
Church of the Holy Spirit (Helligåndskirken)
A Igreja do Espírito Santo, uma das mais antigas de Copenhagen, tem suas origens em um mosteiro do século XIII. Remodelada após incêndios, hoje preserva elementos que contam a evolução religiosa e social da cidade.
Sua torre com telhado escalonado renascentista domina a silhueta, destacando-se entre edifícios comerciais. O exterior em tijolos vermelhos e decorações em arenito conectam-na visualmente ao período de Cristiano IV. Próxima à rua Strøget, a igreja oferece um refúgio tranquilo no agitado centro comercial.

Strøget
Strøget, mais que uma rua comercial, é uma inovação urbanística e um marco cultural de Copenhagen. Criada em 1962 como uma das primeiras vias exclusivamente para pedestres da Europa moderna, transformou um corredor congestionado em um vibrante espaço público de 1,1 km.
Tecnicamente, é uma sequência de vias medievais interligadas (Frederiksberggade, Nygade, Vimmelskaftet, Amagertorv e Østergade) que conectam a Praça da Prefeitura à Kongens Nytorv. Seu caráter varia: o extremo oeste tem lojas populares, enquanto o leste abriga boutiques de luxo.
Amagertorv, considerada a principal praça da cidade, destaca-se com a Fonte da Cegonha (1894) como ponto de encontro. Artistas de rua, cafés históricos e lojas de design escandinavo criam uma experiência nórdica única. A transformação de Strøget inspirou cidades globais, tornando-se modelo de revitalização urbana centrada nas pessoas.

Igreja de Mármore (Marmorkirken/Frederiks Kirke)

A Igreja de Mármore, oficialmente chamada de Frederiks Kirke, domina Frederiksstaden com sua cúpula verde-azulada, a maior da Escandinávia (tem 31m de diâmetro). Seu nome popular vem do uso extensivo de mármore norueguês e calcário dinamarquês.
Concebida em 1740 por Nicolai Eigtved, foi projetada como centro do distrito aristocrático Frederiksstaden, complementando as mansões de Amalienborg e criando um eixo monumental do Iluminismo.
Palácio de Amalienborg e troca da guarda (Amalienborg Slot og Vagtskifte)
Amalienborg, epicentro da monarquia dinamarquesa, é uma obra-prima do urbanismo rococó nórdico. Composto por quatro mansões aristocráticas idênticas em torno de uma praça octogonal, foi construído entre 1750-1760 para famílias nobres, tornando-se residência real após o incêndio do Palácio de Christiansborg em 1794.
No centro da praça, a estátua equestre de Frederico V (1771), de Jacques Saly, domina o espaço. Dois palácios (Christian VII e Christian VIII) abrigam o Museu de Amalienborg, exibindo interiores aristocráticos do século XVIII e aspectos da vida real.
A cerimônia diária de Troca da Guarda (Vagtskifte) é um destaque, com os Guardas Reais da Vida e seus chapéus de pele de urso chegando ao meio-dia. A complexidade da cerimônia varia conforme a presença da família real.
A praça oferece uma experiência única de urbanismo neoclássico, com eixos diagonais conectando o palácio à Igreja de Mármore e ao porto, criando uma sensação grandiosa e humana.




Nyhavn
Nyhavn, o icônico canal de Copenhagen, é aquele cenário de prédios coloridos à beira da água que você vê em 9 de cada 10 propagandas da cidade.
Construído em 1671 por Cristiano V, conectava o porto ao centro da cidade, mantendo sua autenticidade apesar da popularidade turística.
As casas coloridas do lado norte (o mais famoso, dos números ímpares) eram residências, armazéns e tabernas. Suas cores ajudavam marinheiros a identificar estabelecimentos. O lado sul tem mansões aristocráticas do século XVIII, incluindo a mais antiga, de 1681 (número 9), e a casa onde Hans Christian Andersen viveu (número 20).
Originalmente um porto comercial, o canal hoje abriga barcos históricos. Sua transformação moderna ocorreu nos anos 1970-80, com uma grande restauração, que incluiu a transformação em uma via exclusiva para pedestres.
Apesar de turístico, Nyhavn é um espaço social dinamarquês, especialmente em celebrações nacionais ou no verão, quando locais desfrutam do “hygge” em bares históricos como o Nyhavn 17, em funcionamento desde 1753.



Teatro Real Dinamarquês (Det Kongelige Teater)
Representando o epicentro da vida cultural dinamarquesa há mais de 250 anos, o Teatro Real Dinamarquês é um símbolo fundamental da identidade nacional escandinava. A organização engloba diversas estruturas, incluindo o edifício histórico (Gamle Scene) na Kongens Nytorv, a moderna Opera House na ilha de Holmen, e o Playhouse contemporâneo.
O edifício histórico, inaugurado em 1874, exibe uma fachada neoclássica dominada por uma quadriga de Apolo.
Historicamente, o teatro foi crucial no desenvolvimento cultural dinamarquês, servindo como berço do balé dinamarquês (fundado em 1771) e palco para estreias de dramaturgos nacionais e internacionais importantes.
A Opera House contemporânea (2005), situada na margem de Holmen em eixo visual com Amalienborg, é um dos teatros tecnicamente mais avançados do mundo. Projetada por Henning Larsen e doada pelo magnata Mærsk Mc-Kinney Møller, combina fachada translúcida com um dramático teto de cobre.

Pequena Sereia (Den Lille Havfrue)

A Pequena Sereia, ícone global de Copenhagen, é uma escultura de bronze de 1,25m instalada em 1913 em Langelinie. Encomendada pelo cervejeiro Carl Jacobsen após um balé baseado no conto de Hans Christian Andersen, foi esculpida por Edvard Eriksen. O rosto foi inspirado na bailarina Ellen Price, e o corpo, na esposa do artista.
A escultura representa temas dinamarqueses: melancolia, sacrifício e existência entre mundos. Ao longo dos anos, sofreu vandalismos, incluindo decapitações e danos, mas cada restauração reforçou sua resiliência como símbolo nacional.
A experiência pode surpreender pela modéstia da escultura (ela é realmente pequena e fica em um punhado de pedras a alguns metros da margem), mas sua importância cultural supera as expectativas. A melhor visita é pela manhã, com menos turistas e luz ideal para fotos, destacando a pátina verde-azulada contra o Øresund.
Fonte de Gefion (Gefionspringvandet)
A Fonte de Gefion, no parque Langelinie, é uma monumental celebração da mitologia nórdica. Inaugurada em 1908, foi um presente da Fundação Carlsberg para embelezar Copenhagen.
Criada por Anders Bundgaard, retrata a lenda da deusa Gefion, da mitologia nórdica, que, com seus filhos transformados em bois, arou a terra para criar a ilha de Zealand. A escultura mostra Gefion com um chicote, comandando os bois, com água jorrando de suas narinas.

St. Alban's Church (Anglikanske Kirke)
A Igreja Anglicana de Santo Albano, próxima ao porto, é um enclave arquitetônico inglês em Copenhagen, refletindo as conexões entre as casas reais britânica e dinamarquesa. Construída entre 1885 e 1887, serve a comunidade britânica e exemplifica o neogótico vitoriano.
Projetada por Arthur Blomfield, apresenta plano cruciforme, torre com pináculos, arcos ogivais e vitrais elaborados. Construída em calcário de Yorkshire, contrasta com o tijolo vermelho dinamarquês, destacando sua origem britânica.

Catedral de Santo Ansgário (Sankt Ansgar Kirke)

A Catedral de Santo Ansgário, principal igreja católica da Dinamarca desde 1842, é um marco da história religiosa e da arquitetura neoclássica. Projetada por Gustav Friedrich Hetsch, sua fachada austera inspirada em templos romanos integra-se ao distrito aristocrático Frederiksstaden.
Quatro colunas jônicas sustentam um frontão triangular, refletindo contenção estilística adequada ao período pós-Reforma Protestante, quando o catolicismo ressurgia após séculos de restrições.
St. Alexander Nevsky Church (Den Russisk-Ortodokse Kirke)
A Igreja Ortodoxa Russa de São Alexandre Nevsky, em Frederiksstaden, introduz um toque bizantino-russo na arquitetura neoclássica e rococó da área. Construída entre 1881-1883, deve-se à Princesa Dagmar, que se converteu ao casar-se com o Czar Alexandre III.
Projetada por David Grimm, a igreja segue o estilo russo-bizantino do século XVII, com cúpula em bulbo dourado, fachada em tijolo vermelho e detalhes policromáticos. Seus arcos semicirculares, frontões escalonados e ornamentação rica criam um contraste exótico no cenário escandinavo.

Magasin du Nord
O Magasin du Nord, na extremidade da Strøget, não é só a principal loja de departamentos da Dinamarca: é um marco cultural e arquitetônico de Copenhagen. Desde 1893, ocupa o edifício originalmente construído como Hotel du Nord em 1876.
Sua fachada neoclássica, com colunas clássicas, janelas arqueadas e ornamentação rica, exemplifica a arquitetura historicista do século XIX. Localizado na Kongens Nytorv, reflete a importância do comércio varejista na sociedade dinamarquesa emergente.

Museu Nacional da Dinamarca (Nationalmuseet)
O Museu Nacional, instalado em um palácio do século XVIII, abriga a maior coleção de artefatos culturais e históricos da Dinamarca, cobrindo 14 mil anos de história. Combina arquitetura histórica com museologia contemporânea.
As exposições incluem coleções pré-históricas, como os corpos de pântano da Idade do Ferro, e a impressionante coleção Viking, com navios e armas. A seção medieval revela a vida cotidiana através de mobiliário e artefatos.
A coleção etnográfica global explora a história marítima e colonial dinamarquesa, com foco na Groenlândia e Índias Ocidentais. O museu oferece experiências interativas, como reconstruções habitacionais e trajes históricos.
Destaques imperdíveis incluem o Caldeirão de Gundestrup, a Carruagem Solar de Trundholm.

Copenhagen: tradição e inovação em harmonia
Copenhagen oferece uma experiência urbana escandinava, equilibrando tradição histórica e inovação contemporânea. Sua compacta geografia convida a explorar distritos arquitetonicamente diversos, unidos por um compromisso com qualidade de vida, sustentabilidade e design humanizado.
A cidade personifica o conceito dinamarquês de “hygge”, uma sensação de aconchego e bem-estar que permeia cafés iluminados a vela no inverno e jardins públicos repletos de vida no verão. Essa filosofia, incorporada no tecido urbano, é o mais valioso souvenir que os visitantes podem levar.
E você, já conhece ou pretende conhecer essa joia nórdica? Conta pra gente nos comentários.





