Visitar Chichén Itzá é uma viagem ao auge do império maia, um dos maiores e mais influentes povos da Mesoamérica. Localizada no estado de Yucatán, essa antiga cidade é um dos destinos turísticos mais visitados do México. 

É muito fácil chegar lá a partir de Cancun. São cerca de 200 km (em torno de 2 horas) de uma estrada tranquila e em ótimas condições, que vai praticamente em linha reta (180D). Para facilitar, alugamos um carro no aeroporto, porque nosso trajeto incluiu passar em cenotes e em Tulum.

Em 2007, Chichén Itzá foi eleita uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno, e é fácil entender o porquê.

Construída a partir do século VII, Chichén Itzá atingiu o seu auge após a chegada dos toltecas no século X. 

Durante esse período, tornou-se uma das cidades mais poderosas do Yucatán, com sua arquitetura refletindo uma única fusão dos estilos maia e tolteca. No entanto, ao final do século XII, a cidade foi capturada pela rival Mayapán, o poder político foi deslocado e Chichén Itzá acabou abandonada. Coberta pela selva por séculos, foi redescoberta na década de 1920.

Para acessar o sítio arqueológico de Chichén Itzá, utilizamos uma entrada lateral, convenientemente acessível a partir do nosso hotel. Essa escolha nos proporcionou uma experiência inesquecível. Caminhamos por um cenário envolto pela selva, cercados por grandes árvores, ouvindo apenas os sons da natureza. A cada passo, aquilo que parecia apenas mais uma trilha na floresta começou a se transformar. Aos poucos, a densidade das árvores foi diminuindo, e o ambiente se abriu, revelando o descampado onde ficam as imponentes construções maias. Foi um momento de pura surpresa e admiração: sair da sombra da vegetação e, de repente, nos deparar com a grandiosidade das ruínas, como a majestosa Pirâmide de Kukulkán, foi tão surreal que ficará para sempre na nossa memória.

El Castillo: a grandiosa Pirâmide de Kukulcán

Logo na entrada do complexo, nos deparamos com a principal atração de Chichén Itzá: a impressionante Pirâmide de Kukulcán, também conhecida como El Castillo (O Castelo). Essa construção icônica não só é visualmente surpreendente, como também está repleta de significados simbólicos, especialmente relacionados ao calendário maia.

Nossa impressão

Imaginávamos que a pirâmide seria ainda maior. Embora pareça grandiosa nas fotos, pessoalmente ela parece um pouco menor do que o esperado. Isso, entretanto, de forma alguma tira o impacto de estar diante de uma estrutura tão bem preservada e carregada de história.

Diversão para crianças

A pirâmide está localizada em um gramado amplo e aberto, o que foi perfeito para o David se divertir correndo e explorando o local enquanto começávamos a absorver a beleza da arquitetura.

Jogos de bola: um esporte maia fascinante

Chichén Itzá é lar de nove quadras de jogos de bola, mas a mais impressionante é a Quadra de Bola Principal, localizada ao noroeste de El Castillo.

Este “juego de pelota” era de profunda importância para a cultura maia, e só era permitido usar a cabeça e a cintura para fazer pontos. Um misto de futebol, futevôlei e basquete. Ficamos perplexos ao observar a altura do círculo onde os jogadores precisavam acertar a bola — um verdadeiro desafio físico!

Algo curioso para as crianças

É um ótimo momento para explicar um pouco da cultura maia ao mostrar que os jogadores eram altamente valorizados — verdadeiros heróis da civilização.

Dica: o jogo de bola pode ser visto no desenho “A Nova Onda do Imperador”. Embora os personagens sejam de uma civilização mais parecida com os incas, no Peru, vale a pena assistir com as crianças para que elas tenham uma ideia aproximada das regras e da dificuldade desse esporte.

Perto da entrada da quadra, encontra-se o Templo do Jaguar, que acrescenta ainda mais mistério à atmosfera histórica do local.

Templo dos Guerreiros e o mágico conjunto das Mil Colunas

Outra parada fascinante foi o Templo dos Guerreiros, uma construção lindamente preservada com suas colunas esculpidas que evocam os desenhos detalhados e ricos da época maia.

As Mil Colunas: bem ao lado do Templo dos Guerreiros está a famosa sequência conhecida como As Mil Colunas, que se estende até uma praça na parte de trás. Nada como perguntar às crianças se elas conseguem “contar todas elas” para incentivá-las a prestar atenção aos detalhes.

Outras áreas: quem quiser estender o passeio pode explorar construções menores na parte sul do parque, que também têm muito a oferecer.

Dicas importantes para aproveitar Chichén Itzá com crianças

Chegue cedo: como chegamos logo que o parque abriu, tivemos o privilégio de explorar Chichén Itzá antes das multidões e dos ambulantes montarem suas barracas. O local estava muito tranquilo e organizado.

Respeite o isolamento das construções: embora antigamente fosse permitido subir nas estruturas, isso foi proibido para preservar as construções, que sofriam danos com o grande fluxo de visitantes. Pode ser frustrante para quem gosta de interações mais próximas, mas isso é essencial para manter esse patrimônio histórico intacto.

Hidrate-se e use protetor solar: como grande parte do complexo é ao ar livre, caminhar sob o sol pode ser exaustivo, especialmente com crianças. Vá preparado!

Uma viagem pela história e cultura maia

Chichén Itzá é um lugar fascinante, com suas construções grandiosas e histórias incríveis que mergulham os visitantes na vida do império maia. É também um passeio ideal para famílias com crianças, que podem aproveitar o espaço amplo para brincadeiras, enquanto absorvem um pouco da riqueza cultural única deste lugar.

O complexo oferece uma experiência rica e visualmente impressionante. Certamente, um passeio que ficará guardado na memória de toda a família.

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