Viajar para o Egito é uma experiência incrível e transformadora. 

O país abriga alguns dos sítios arqueológicos mais fascinantes do mundo, com templos milenares em Luxor, tumbas recheadas de história, construções fenomenais e, claro, as icônicas Pirâmides de Gizé. 

Para quem ama a história e aventura, e deseja conhecer destinos exóticos, é quase obrigatório colocar o Egito na lista das coisas que você precisa experimentar na vida. 

No entanto, quem decide explorar essa terra cheia de mistérios precisa estar preparado para um desafio extra: evitar os golpes e esquivar-se da insistência de alguns locais, que veem os turistas como uma fonte inesgotável de dinheiro.

Nós escapamos de vários desses golpes, mas foi preciso estar sempre muito atentos. Aqui, compartilhamos algumas das situações que enfrentamos e dicas essenciais para evitar cair nas ciladas mais comuns no Egito.

Em Luxor, os golpes começam já no aeroporto!

Assim que desembarcamos no aeroporto de Luxor, percebemos que as coisas ali funcionam de maneira muito menos formal do que nos aeroportos de grandes capitais.

Antes mesmo de sair do local, você precisa passar sua bagagem pelo raio-X novamente. Não é convencional, mas, até aí, tudo certo. A questão é que, assim que a mala passa pelo aparelho, um espertinho aparece do nada “ajudando” você a pegá-la para retirar da esteira. Se você não for mais rápido (ou não tomar da mão dele), ele já vai cobrando alguns dólares pelo “serviço”!

Depois, ao sair do terminal, outro festival de “ajudantes” aparece de tudo quanto é canto – dessa vez, oferecendo transporte.

Optamos por negociar diretamente com um taxista, mas perceba o truque: se você estiver distraído, outros malandros já vão agarrando sua mala para “ajudar” a colocar no carro. Primeiro eles pegam – sem pedir sua permissão –, depois cobram. Para não cair nesse golpe, tivemos que “defender” nossas malas, enquanto um impedia os “ajudantes” de encostarem nelas, outro corria para colocá-las no porta-malas do táxi. Fora isso, se você não ficar esperto, ainda corre o risco de alguma mala desaparecer no meio dessa confusão toda.

Vale dos Reis, Luxor, Egito

Pressão constante, até no banheiro

Em Luxor, o assédio não era tão intenso quanto no Cairo, mas ainda assim nos deparamos com abordagens insistentes praticamente em todos os lugares.

Desde o momento em que saíamos do nosso hotel, já éramos abordados por vendedores e motoristas que nos cercavam oferecendo passeios. 

Esse assédio continuava nos sítios arqueológicos, onde não era raro um vendedor te seguir por metros tentando convencer você a comprar algum item – e, muitas vezes, eles recorrem ao truque de simplesmente jogar o objeto em você, para depois cobrar dizendo que você já o pegou.

Um exemplo clássico foi quando um vendedor tentou colocar um artesanato no colo do David dentro do táxi. Ele esperava que, uma vez dentro do carro, fosse mais difícil devolver. Mas fomos mais rápidos e jogamos de volta pela janela, aí mandamos o taxista sair dali rapidinho.

Um dos golpes mais comuns ocorre nas tumbas mais vazias do Vale dos Reis, quando os guardas se dispõem a tirar uma foto sua e depois esperam que você pague algo para que ele devolva sua câmera ou celular. Outro golpe ocorre nas tumbas mais lotadas, quando guardas coagem turistas que tiraram fotos, dizendo que é proibido, e aí liberam a câmera ou celular depois que o turista paga algum valor. Detalhe: você pode comprar um passe de foto na entrada do sítio arqueológico.

Outro golpe inusitado aconteceu nos banheiros dos pontos turísticos. Muitos deles são gratuitos, mas se você precisar de papel higiênico, algum “funcionário” pode aparecer cobrando alguns dólares por um pedaço de papel (nojento! Ele literalmente corta um pedaço de papel para oferecer). Solução? Leve sempre seu próprio rolo de papel higiênico ou lencinho umedecido na mochila!

Vale dos Reis, Luxor, Egito

Os táxis e motoristas são "confiáveis"?

Para facilitar nossa locomoção, já que queríamos explorar os muitos templos e sítios arqueológicos ao redor de Luxor, decidimos pegar o contato do taxista do aeroporto e contratá-lo por três dias. Ele parecia confiável e achamos que seria uma boa escolha. No entanto, passamos por algumas situações inusitadas:

Ele furou em dois dos três dias combinados. A desculpa? A avó dele “morreu” duas vezes (!).

No lugar dele, ele mandou “primos” para nos buscar – e sempre usavam a desculpa do parentesco para passar uma falsa impressão de confiança.

Embora no nosso caso tenha dado certo, ficamos atentos o tempo todo, pois há relatos de turistas que foram praticamente sequestrados por motoristas e forçados a pagar valores absurdos após os passeios.

Assim, hoje recomendamos fazer passeios com agências e excursões sempre que possível. É a forma mais segura de explorar os templos e sítios arqueológicos sem se preocupar com golpes no transporte.

Como fugir de Golpes no Egito

O pesadelo da visita às Pirâmides de Gizé

No Cairo, a situação foi bem mais intensa, especialmente no complexo das Pirâmides de Gizé. O assédio já começou antes mesmo de chegarmos, com a pressão no motorista de Uber, depois no guichê de ingressos, e depois as tentativas de golpe se sucederam até o final da nossa visita, que terminou com a gente pulando da charrete para fugir do assédio do “guia” e do charreteiro.

Foi tanta coisa em sequência que a gente descreveu com mais detalhes neste outro post.

 
Golpes no Egito

Então... vale a pena ir ao Egito?

Com tantos perrengues e tentativas de golpe, será que ainda assim vale a pena? 

Com toda certeza, SIM!

O Egito é um dos lugares mais incríveis que já visitamos, e não há nenhum outro destino no mundo que ofereça tantos sítios arqueológicos impressionantes, construções gigantescas e tanto contato com a história antiga. O choque de estar diante das Pirâmides de Gizé, explorando os templos gigantescos de Luxor, ou se perdendo entre as colunas do Templo de Karnak não tem preço.

A única regra é: esteja preparado com paciência e jogo de cintura!

Aqui vão algumas dicas essenciais para evitar golpes e garantir uma viagem mais tranquila:

✅ Evite qualquer “ajuda” não solicitada, desde malas até papel higiênico no banheiro.

✅ Negocie tudo antes de aceitar qualquer serviço! Não aceite um preço alto logo de cara.

✅ Desconfie de “guias” não oficiais que tentam se infiltrar no seu grupo. Prefira excursões ou guias credenciados.

✅ Nunca entregue seu celular ou câmera para desconhecidos, mesmo para fotos.

✅ Se for andar de táxi, prefira aplicativos como Uber ou negocie com uma agência confiável.  

✅ Em locais turísticos, tenha trocados sempre à mão – se alguém “fizer algo por você”, vão esperar gorjeta.

✅ Não demonstre muito interesse nas negociações. Muitas vezes, quanto menos interessado você parecer, melhor será o preço final.

Apesar de todos esses desafios, conhecer o Egito foi uma das experiências mais marcantes da nossa vida. Então relaxe, esteja preparado e aproveite ao máximo – porque mesmo com tantos perrengues, vale muito a pena! 🚀

A Esfinge e as Pirâmides do Egito, Pirâmides de Gizé, Cairo

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